Ir para o conteúdo

A Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SECEL) realizou, na noite desta quarta-feira (3), um encontro envolvendo representantes do poder público, segurança pública, entidades religiosas, clubes de serviço e sociedade civil. O evento teve como tema "Segurança Escolar: um diálogo diante do novo cenário educacional" e aconteceu no salão nobre do Colégio Santo André.

Com o propósito de ouvir ideias e propostas de todas as diferentes áreas de competência dos representantes convidados, o evento começou com as falas das autoridades que compuseram a mesa: a anfitriã Profa. Dra. Lúcia Helena Vasques, secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer; a representante do Conselho Tutelar, Marina Gabriela Dias de Souza; a representante da dirigente regional de Ensino do Estado, Poliana Dantas de Lucas; o Capitão Leonardo Tayar, da Polícia Militar; os vereadores Ronaldinho e Renata Assirati, representando a Comissão de Segurança da Câmara Municipal; além do Prefeito, Prof. Emerson Rodrigo Camargo.

Entre as falas dos representantes da sociedade civil e entidades, foram feitas propostas interessantes, como criação de capelanias escolares, para propiciar o acolhimento espiritual dos alunos e familiares nas escolas, a interligação de dados e informações entre Assistência Social, SUS e a Rede Municipal de Educação, para facilitar o acompanhamento também pelas escolas e seus profissionais dos casos de famílias em situação de violência e vulnerabilidade, além de outras ideias e sugestões que foram listadas pela equipe da SECEL e devem ser levados à discussão interna.

De acordo com a secretária Lúcia Vasques, é necessário compreender e realizar a Educação e tudo que a compõe dentro do tempo em que vivemos hoje. "Eu já disse em outros encontros que, por mim, escolas não teriam nem muros, porque eu entendo que são territórios de liberdade, de criação de cabeças pensantes, que enxerguem o mundo, e não que fiquem presas", comentou.

"No entanto, precisamos compreender que as escolas seguem sendo os espaços mais seguros para professores e alunos enquanto eles estão lá dentro. O que precisamos é melhorar nossa comunicação com pais de alunos, trazê-los mais pra perto, pra dentro das escolas, e isso não é só quando há reuniões ou festinhas. A escola precisa ser lugar das famílias, os alunos e familiares precisam gostar de estar aqui", acrescentou Lúcia.

A informação de que as escolas são os lugares mais seguros para alunos, professores e funcionários foi trazida também pelo Capitão Tayar. "Isso é estatística. Basta você pegar nos dados da Secretaria de Segurança Pública: onde mais acontecem crimes contra essas pessoas? É em casa, nas ruas… não nas escolas, lá isso é raridade."

"É necessário, sim, entender onde surgem esses atentados. Não é novidade que isso é coisa que surge da internet, das redes sociais, dos fóruns online… e, claro, muitas vezes vem de um lar abusivo, onde a própria criança que pode vir a cometer um ato violento, acaba sendo inicialmente a vítima", afirmou Tayar.

O prefeito Prof. Emerson comentou que, em seu tempo de sala de aula, viu casos graves de violência, tanto social quanto psíquica. "Já tivemos que falar com gente ligada ao tráfico para 'permitir' que houvesse aula em determinada escola; já tive que socorrer aluna sangrando após se automutilar por ter sofrido bullying", contou.

"Hoje, enquanto poder público, eu sei que a melhor forma de traçar uma estratégia pra tranquilizar pais, alunos e profissionais da Educação, é ouvindo a todos, unindo as ideias deles com as que já temos e, claro, sempre nos norteando pelos especialistas no assunto, que são nossa Polícia Militar e estudiosos da Segurança Pública", concluiu Prof. Emerson.

#PrefeituraDeJaboticabal #Educação #SegurançaNasEscolas #JaboticabalSP #Jaboticabal