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A Prefeitura de Jaboticabal segue trabalhando para qualificar o abastecimento de água em todo o município. No último dia 27 de julho, o prefeito Prof. Emerson Camargo esteve na Cohab II para ligar, de forma oficial, a energia elétrica do novo poço no bairro, aguardado há quatro décadas. Esse é mais um dos oito poços que a atual gestão está entregando.

“Passamos por muitas dificuldades por aqui. Ficávamos de madrugada esperando o caminhão com água”, afirmou Aparecida Manoel, moradora do bairro há 36 anos e que reside exatamente em frente ao novo poço da Cohab II. “A diferença é que, antes, a gente pagava e não tinha água. Hoje pagamos, mas temos”, afirmou a também moradora do bairro, Gislaine Garavello Giampietro. 

Regiões extremamente afetadas no passado com a crise hídrica, hoje vivem nova realidade, como os bairros Jardim América, Morada Nova, Morada do Campo e outros. “Em agosto do ano passado, a situação era muito complicada. Estávamos com caminhões pipa rodando a cidade toda. Hoje vemos uma nova realidade já concretizada e que se qualificará ainda mais com os novos poços que iremos inaugurar”, comentou o prefeito Prof. Emerson.

A conta do SAAEJ é cara?

A tarifa para o abastecimento de água em Jaboticabal é uma das mais baratas da região. Quem define a alíquota é a ARES – Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento.

O custo do metro cúbico em Jaboticabal, mesmo com o aumento de 19,65% estabelecido pela ARES recentemente, é de R$ 24,10 para a faixa de 0 a 10 metros cúbicos/mês. Mais de 12 mil residências em Jaboticabal estão nesta faixa.

Para efeito comparativo, o valor em outros municípios fica próximo dos R$ 40.

Quem define o aumento da água é o prefeito?

NÃO. O SAAEJ possui uma agência reguladora que realiza um relatório de acordo com a saúde financeira da autarquia, investimentos necessários, receitas e despesas. O relatório é apresentado para uma comissão que discute, questiona, solicita mudanças e aprova. 

Temos uma tarifa social?

SIM. As residências com tarifa social pagam 50% do valor do metro cúbico – ou seja, R$ 12,05. 

Quais os critérios para a tarifa social?

Para fazer parte da chamada Tarifa Social, o usuário deve:
- compor a categoria Residencial;
- estar inscrito no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal;
- ter renda mensal per capita de até meio salário-mínimo nacional vigente.

O que a atual gestão tem feito para melhorar o abastecimento?

Desde janeiro de 2021, a proposta da atual administração é qualificar o abastecimento de água em todo o município. Boa parte da população estava cansada dos constantes problemas e falta de água na torneira. As regiões mais altas eram e ainda são as que mais sofrem, mas a crise atingiu quase todo município em virtude da falta de investimentos nos últimos anos e pela falta de cobrança junto aos novos loteamentos para a perfuração de poços próprios.

A administração buscou recursos junto ao Desenvolve SP para a perfuração de poços profundos. Com investimento alto, dois desses poços estão em andamento e devem ser inaugurados ainda em 2023: um no próprio SAAEJ e outro no Vale do Sol. Esses são poços maiores, mais profundos, que terão grande vazão e praticamente deixarão o Córrego Rico como uma reserva natural (hoje 70% do abastecimento vem do córrego).

Outros poços também foram perfurados em parcerias público-privadas e já estão em operação: o poço do São José e este recém inaugurado, da Cohab II.

Por fim, dois poços ainda foram conquistados junto ao DAEE – Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo: o do Monterrey (conclusão com recursos próprios) e o do Jardim América. Outros dois, ainda, são perfurados com recursos próprios – Bom Jesus e Parque das Araras.

Cobrança para os novos loteamentos

Uma CEI – Comissão Especial de Inquérito instaurada na Câmara Municipal mostrou que, entre os anos de 2004 e 2020, um total de 23 novos loteamentos foram abertos e apenas dois poços foram perfurados.

A atual administração exige que os novos loteamentos perfurem poços capazes de abastecer não apenas o novo bairro, mas que também exista um excedente que possa contribuir com o município. Assim já aconteceu no Residencial Romana, por exemplo.

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